Em 2015 Nuno Artur Silva estava a fazer o seu primeiro espetáculo de (quase) stand-up comedy, um solo acompanhado por António Jorge Gonçalves e pelos Dead Combo, quando foi convidado para administrador da RTP. Depois de três anos como administrador, regressa agora a um solo acompanhado por António Jorge Gonçalves a desenhar em tempo real e uma inesperada banda sonora. Considerações e divagações sobre a vida nestes últimos anos foram sendo registados num bloco de notas que nunca deixou de o acompanhar. É desse bloco de notas que esta apresentação parte.
Uma espécie de diário, com pensamentos e interrogações sobre o que estamos aqui a fazer, não só na administração da coisa pública propriamente dita, mas na administração da coisa pública que é cada um de nós em sociedade: qual o sentido da vida, mas principalmente qual o sentido das reuniões intermináveis que se fazem para decidir o que se deve fazer entretanto sobre outras coisas; o que nos passa pela cabeça nessas reuniões; o que nos passa pela cabeça em geral; apontamentos à margem das coisas que estamos a fazer, sobretudo sobre as coisas que não estamos a fazer; listas de decisões; listas de indecisões; dispersões e interrup...
A vida em geral, mas sobretudo a vida em particular. “Onde é que eu ia?”, uma série de coisas, brevemente num teatro perto de si.
(A não ser que entretanto haja um convite para outra coisa melhor).
Texto e interpretação
Nuno Artur Silva
Desenho em tempo real
António Jorge Gonçalves
Produção
Sons em Trânsito
Comunicação
Sons em Trânsito
Operação de teleponto
José Machado
Fotografia
Rita Carmo
Músicas
Lisboa Mulata e Esse Olhar
Que Era Só Teu (Dead Combo)
Feelings (Morris Albert)
Agradecimentos
Agência Lusa e Rodrigo Antunes,
Fernando Alvim e muito especialmente, Tó Trips,
Dead Combo, para sempre,
Pedro Gonçalves