Seu nome é Flora, de flor, florar, florir. Flora de um nome só. Podia ter a mesma idade de cada um que a ouve, se formos capazes de ouvir a liberdade da infância que guardámos e escondemos. Fala de tudo e mais alguma coisa, mas parece que não fala de nada. É um pensamento esticado.
Uma conversa com os seus botões que não acaba, como as cerejas entre as conversas que nos apetecem conversar. Tem uma caixa que não lhe serve, como as calças que ficaram curtas com os anos, ou as meias que romperam de tanto as usar. Até parece que tem tudo. Que não lhe falta nada, mas a caixa está a mais. Ou a menos do que precisa. Ainda se lembram como se chama? É Flora, de flor, florar, florir. Flora de um nome só.