Para os meus avós. Mais especificamente sobre as minhas avós. Para todos os avós ou para todos nós, que um dia, talvez, seremos também avós. Para os avós dos meus filhos (como seria o mundo se tivéssemos crescido todos sem avós?)
Para a voz. Para a minha voz. Que se lance, que se solte, e talvez em alguma primavera, floresça.
Para as vozes que se não falam agora serão, talvez, esquecidas para todo sempre. Sobre as nossas raízes. Sobre a voz humana que é ancestral. Sobre histórias de outros tempos que não estão escritas nos livros, mas semi-enterradas em algum lugar recôndito da nossa memória. Sobre o que é intemporal. Sobre os mistérios do sangue.
Este é um espetáculo sobre os meandros da memória. Sobre as memórias das minhas avós ou mais exatamente sobre a minha memória das memórias delas.
Criação e direção artística Claudia Andrade
Interpretação Claudia Andrade e 7 idosas
Apoio ao Movimento Ainhoa Vidal
Apoio à Dramaturgia Joana Bértholo
Assistência de Encenação Mafalda Saloio
Direção de Produção São Correia
Vídeo Patrícia Poção
Design e apoio à construção plástica Silvia Franco
Consultoria musical Fernando Mota
Uma coprodução CAA/CMA e Companhia de Actores