Em abril, a Orquestra e o Coro XXI celebram a Páscoa com um programa assente num dos grandes marcos da música religiosa do romantismo tardio: o Requiem de Gabriel Fauré. Desviando-se das correntes dominantes da sua época, Fauré convoca uma abordagem vocal reminiscente do canto gregoriano e harmonias impressionistas para criar uma obra que aponta a uma visão intimista e contemplativa da morte. Para a abertura deste concerto, a orquestra interpretará também a Serenata n.º 2 de Johannes Brahms — dedicada a Clara Schumann e considerada por muitos a sua primeira obra orquestral. A separar estas duas peças de maior envergadura, o Coro XXI levará a palco o moteto a seis vozes Sitivit anima mea, de Manuel Cardoso — uma curta reflexão sobre a morte, que servirá como prelúdio ao Requiem, homenageando, simultaneamente, aquele que é um dos autores de referência da idade de ouro da polifonia sacra portuguesa.
A direção musical ficará a cargo de Dinis Sousa, com a soprano Leonor Amaral e o barítono Diogo Mendes.